O relacionamento conjugal abençoado
tem suas regras
Pr. Nilton Vieira de Mattos
.

 

Casamento é um compromisso a dois
que requer companheirismo, disposição em compreender
um ao outro, força nos momentos difíceis e muita união.
Por isso, o matrimônio é uma comunidade de vida
e de amor para sempre, onde os cônjuges
se ajudam e se completam.

O Jornal do SBT, na edição do dia 13 de outubro de 2006, trouxe uma reportagem em que mostrava o Censo do IBGE. Nela constava que o número de matrimônio no Brasil subiu em dez por cento. A estatística mostrava, ainda, que as pessoas resolvem se casar por volta dos trinta anos e que, em um ano, há aproximadamente setecentos mil casamentos no Brasil.

Outro fato interessante, porém negativo, é que, mesmo havendo um aumento no número de casamento, a média de sua duração, dividido por estado, é: Rio de Janeiro, onze anos; São Paulo, sete anos; Minas Gerais, seis anos. A repórter terminou dizendo: “que seja eterno enquanto dure”. Mas o que fazer para que um casamento dure até que a morte separe os cônjuges?

Gênesis 2: 24 diz: “por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. Esse texto traz princípios que, se observados, podem levar um casal a não entrar na estatística do IBGE, mas, sim, ingressar na vontade de Deus.

Quando Deus criou o homem logo viu que não era bom que este ficasse só. Com isso, a vontade de Deus foi de fazer uma auxiliadora que lhe fosse idônea. Isto é, uma pessoa que estivesse ao lado do homem e fosse semelhante a ele. Quando o homem viu esta mulher, aprovou a criação de Deus e, com isto, fora implantada a primeira lei entre os homens, a do casamento, que assim pode ser resumida:

 Deixar pai e mãe

Na atualidade, tanto o homem quanto a mulher buscam independência pessoal dos seus progenitores. Com isso, o relacionamento no casamento tem o sentido de começar algo novo sem a interferência de ninguém. É a chamada independência pessoal.

Porém, independência pessoal e casamento não caminham juntos. Salomão já dizia: “o solitário busca o seu próprio interesse e insurge-se contra a verdadeira sabedoria”, Pv 18: 1. Sem sabedoria no dia-a-dia da vida conjugal, as dificuldades serão mais difíceis de serem superadas. Por isso, os dois precisam dar o sentido bíblico à união conjugal e saber compartilhar esse novo relacionamento.

 Unir à sua mulher

No namoro, as pessoas se conhecem; no noivado, os dois fazem um acordo; e, no casamento, este pacto é selado diante dos homens e de Deus através da cerimônia civil e religiosa. Assim, vamos pedir a bênção de Deus para esta união. Bênção essa que concede o poder ao casal para alcançar sucesso, prosperidade, fertilidade e longevidade: “o que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do Senhor”, Pv 18: 22. Cônjuges, percebam e entendam que o casamento não é com a mamãe e nem com o papai, mas o dois vão se tornar marido e esposa.

O Senhor criou o homem e a mulher com vocação para o amor, a comunhão e a união particular, pessoal e íntima. Ele fez o necessário para que a solidão do homem fosse suprida pela mulher e a da mulher pelo homem. Deus fez uma mulher com a capacidade de ajudar o seu companheiro, pois ela tinha os mesmos sentimentos e afeições do seu parceiro. Os dois poderiam caminhar juntos.

 Tornar uma só carne

Neste ponto começa o maior desafio para o casal. Porque se trata de duas pessoas com cultura, hábitos, costumes e manias diferentes. E, quando começam a viver juntos, logo tudo aflora. Quando eram namorados conseguiam disfarçar bem os defeitos, mas, na convivência a dois, as coisas complicam. Por isso, o tempo de relacionamento mostrado pelo IBGE pode ser explicado. O relacionamento interpessoal deve ter um objetivo comum. E, se o objetivo é “viver juntos até que a morte os separe”, os dois devem envidar esforços para vencer a si mesmos nos pontos que os conflitam e procurar avançar mais nos aspectos que os unem e os aproximam.

Para iniciar, um relacionamento perfeito só é possível quando há harmonia e, para viver em harmonia, é preciso que ambos sejam um e não dois. O exemplo da maionese pode explicar, pois, na maionese, todos os ingredientes se unem para formar um novo sabor. O casamento deve ter um novo sabor. Depois, não deve ser esquecida a auto-regulagem, que é a capacidade de controlar todos os impulsos e reações que venham colocar a união em perigo, produzindo desarmonia. E aconselha-se a pôr em prática:

A criatividade – que é a capacidade de juntos terem idéias para resolver problemas, pois problemas todos têm. Mas o que faz a diferença é a capacidade criadora para saírem deles juntos, sem ninguém ficar para trás.

O compromisso que é saber que no casamento os dois têm obrigações e deveres, e que eles devem ser respeitados. Cada um deve saber seu papel e função no casamento. Se um falhar, os dois sofrerão as conseqüências; se os dois acertarem nas decisões, haverá bons momentos entre eles e o fortalecimento do relacionamento.

A responsabilidade – que implica na obrigação de cada um responder pelos seus atos ou, quando for responsável por alguém, responder por este também. No casamento, os dois respondem diante dos homens e de Deus por esta nova família.

Com isso, os cônjuges podem caminhar para um casamento perfeito, pois casamento perfeito não é aquele que não tem problema, mas aquele em que há uma atuação mútua entre marido e esposa para que esta aliança se mantenha sólida até que a morte os separe. Isto é simbolizado pela aliança que os dois usam. Há dois instrumentos poderosos que Deus deu a todos: o pensamento, para refletir, e o diálogo, para chegar a um acordo. Tudo isso temperado com amor e fidelidade.

 Considerações finais

Podemos perceber que o casamento não é somente uma cerimônia, mas é uma vivência que requer esforço próprio. Cada um deve pensar sempre na felicidade do outro para que a união seja duradoura. Isso tudo deve ser de acordo com a vontade de Deus que é até que a morte os separe.

 

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