Leia sobre a presença do Ministério Gideões 24h Diante do Senhor no evento do Conselho Nacional de Pastores e Líderes Indígenas

 

O VI Conselho Nacional de Pastores e Líderes Indígenas (CONPLEI) foi realizado entre os dias 4 a 7 de setembro de 2007, em Manaus (AM).

 

O CONPLEI vem debatendo o assunto do INFANTICÍDIO desde o 5º Congresso, pois esta prática tem sido constatada em várias tribos brasileiras, e há diferentes argumentos para justificá-la. Houve uma grande preocupação por parte dos organizadores do Conselho quanto à taxa de mortalidade infantil, que alcança uma média alta em algumas tribos. Como exemplo, o caso da menina Hakani que nasceu em 1995 na tribo dos índios Suruarrás, que vivem semi-isolados no sul do Amazonas. Hakani foi condenada à morte quando completou dois anos, por não se desenvolver no mesmo ritmo das outras crianças. Escalados para serem ´os carrascos´, seus pais prepararam o timbó, um veneno obtido a partir da maceração de um cipó. Mas, em vez de cumprirem a sentença, eles mesmos ingeriram a substância.

O duplo suicídio enfureceu a tribo, que pressionou o irmão mais velho de Hakani, Aruaji, então com 15 anos, a cumprir a tarefa. Ele a atacou com um porrete. Quando a estava enterrando, ouviu-a chorar. Aruaji abriu a cova e retirou a irmã. Ao ver a cena, Kimaru, um dos avós, pegou seu arco e flechou a menina entre o ombro e o peito. Tomado de remorso, o velho suruarrá também se suicidou com timbó.

A flechada, no entanto, não foi suficiente para matar a menina. Seus ferimentos foram tratados às escondidas pelo casal de missionários protestantes Márcia e Edson Suzuki, que tentavam evangelizar os suruarrás. Eles apelaram à tribo para que deixasse Hakani viver. A menina, então, passou a dormir ao relento e comer as sobras que encontrava pelo chão. "Era tratada como um animal", diz Márcia. Muito fraca, ela já contava com 5 anos de idade, quando a tribo autorizou os missionários a levá-la para o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, em São Paulo. Com menos de 7 quilos e 69 centímetros, Hakani tinha a compleição de um bebê de sete meses.

Deste modo, diante de mais de cinqüenta tribos indígenas presentes, em número superior a mil índios, foi discutida a questão do infanticídio além de diversos outros assuntos a respeito de suas práticas culturais, ficando estabelecida a seguinte posição: "Somos favoráveis ao direito de cada etnia em preservar suas práticas culturais, desde que estas não se choquem com o direito à vida".

O desafio das selvas é enorme. Das 245 tribos conhecidas no Brasil, 103 não têm presença missionária evangélica. Somente 34 possuem o Novo Testamento na sua língua. 103 grupos constituem povos não alcançados. Apesar de existirem muitos missionários evangélicos atuando na obra indígena de alguma forma, apenas 8 tribos possuem liderança própria. Sendo assim, um dos objetivos do CONPLEI é preparar uma liderança indígena para assumir este trabalho de missões nas próprias aldeias.

A nossa presença no Conplei veio trazer o desafio para que a Igreja de Cristo no Brasil se lembre das aldeias Indígenas. Fazer "Missões" é tarefa para toda a igreja brasileira. Os que não podem ir, devem envolver-se de outras formas.

A oração é indispensável, e está dentro do alcance de todo o crente fiel.

Sendo assim, oremos para que a proposta do CONPLEI em alcançar todas as tribos do Brasil, com o evangelho transformador, possa tornar-se realidade, envolvendo-nos a todos.

O clamor daqueles que ainda se encontram presos pelo medo dos espíritos, e longe de um relacionamento com seu Criador não pode ser ignorado. A maior necessidade de todo o povo não é de influência política, mas do conhecimento de Jesus, pois o verdadeiro sentido da vida e a dignidade de todo o ser humano vêm por meio de um relacionamento pessoal com seu Criador.

 

Por Pr. Leandro Dibai
Ministério 24 Horas Diante do Senhor
Fonte: www.lagoinha.com

Conheça mais sobre a vida de Hakani acesse:

https://www.hakani.org/pt/

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