A pessoa do Espírito Santo

Atos 16: 1-8

A doutrina do Espírito Santo ocupa lugar central no movimento de renovação espiritual. Nossa preocupação neste estudo será o de estudar o Espírito Santo como pessoa.

Vários atributos definem uma pessoa, mas podemos destacar o intelecto, a sensibilidade e a vontade. Deus subsiste em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo, Ef 4: 6. Portanto, o Pai é pessoa, o Filho é pessoa e o Espírito é pessoa.

Muito se tem ensinado sobre o Deus Pai e o Deus Filho, mas pouco se ensina sobre o Espírito Santo. Alguns grupos heréticos afirmam que o Espírito é meramente uma força ou influência impessoal, o que não é verdade. Para nos aprofundarmos nesta doutrina bíblica, estamos iniciando esta nova revista que trará estudos somente sobre o Espírito Santo. Vamos caminhar pelas páginas da Bíblia e aprender que não há nada que possa negar sua realidade.  

Neste estudo, veremos que o Espírito Santo é uma pessoa e o estudaremos a partir dos traços característicos que assim o identificam.

I - SEU INTELECTO
A palavra intelecto está associada à inteligência. Uma pessoa inteligente é aquela que possui a capacidade de compreender ou habilidade para resolver situações problemáticas novas, mediante a reestruturação dos dados perceptivos; é a pessoa que raciocina bem. Encontramos na Bíblia diversas referências que deixam bem claro que o Espírito Santo possui inteligência.

a) Ele ensina e faz lembrar, Jo 14: 26 - Já no Antigo Testamento o Espírito cumpria a missão de ensinar, Ne 9: 20. Ninguém discorda de que Ele é mestre por excelência e nos faz lembrar de tudo o que Jesus ensinou.

b) Ele tem sabedoria e inteligência, Is 11: 2 - O profeta está falando do Messias que haveria de vir e seria poderosamente ungido pelo Espírito Santo, a fim de cumprir a vontade do Pai, Jo 1: 33, 34. Ele descreve a plenitude do Espírito na vida de Jesus. É o Espírito Santo quem anuncia a Cristo e nos guia a toda a verdade, Jo 16: 13-14.

c) Ele tem conhecimento e conselho, Is 11: 2 - Entre os 9 dons citados em I Coríntios 12, está o do conhecimento (ciência) que é dado pelo Espírito Santo. Ele nos faz ver os mistérios de Deus, Rm 11: 33.

d) Ele revela, Ef 1: 17 - Ele é onisciente. Em I Co 12: 8, Paulo fala sobre os dons de revelação: sabedoria, conhecimento e discernimento dos espíritos. O Espírito perscruta as profundezas de Deus, I Co 2: 10.

II - SUA SENSIBILIDADE
É a habilidade de sentir as coisas ou a propriedade do organismo vivo de perceber as modificações do meio externo ou interno e de reagir a elas de maneira adequada. Sensibilidade refere-se aos sentimentos, às emoções, etc. O Espírito Santo sente e reage, assim como nós, quando nos emocionamos. Vejamos:

a) Amor, Rm 15: 30 - É o sentimento que predispõe alguém a desejar o bem-estar de outrem.

b) Alegria, At 2: 13 - Houve uma verdadeira alegria entre os crentes que receberam o Espírito Santo. Por que? Porque Ele estava presente trazendo alegria. É inconcebível que uma pessoa cheia do Espírito viva em tristeza.

c) Tristeza, Ef 4: 30 - O Espírito Santo  pode sentir intensa mágoa, assim como nós. O cristão pode entristecer o Espírito Santo quando não dá importância à sua presença, voz e orientação, Gl 5: 16-25.

d) Gemidos, Rm 8: 26 - Quando a Palavra diz que o Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis, está mostrando que Ele intercede juntamente com o crente; Ele sente a nossa dor, geme e sofre conosco.

e) E ainda: Ele pode ser apagado, tentado e afrontado, At 5: 9; I Ts 5: 19 e Hb 10: 29.

III - SUA VONTADE
Vontade é a capacidade de fazer escolhas e tomar decisões. O Espírito Santo tem vontade própria. Isto está evidenciado em suas atitudes, tanto no Antigo como no Novo Testamento:

a) No repartir os dons liberalmente, I Co 12: 11 - “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas cousas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente.” 

b) No permitir ou impedir, At 16: 7 - O Espírito tem a direção da vida do crente. Todo aquele que é guiado por Ele deve estar pronto para fazer a sua vontade. Ele pode permitir, assim como impedir, aquilo que desejamos fazer.

c) No convidar, Ap 22: 17 - Quando alguém realiza uma festa, convida a quem quer para participar. O Espírito convida o homem para aceitar Jesus, que disse: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”, Mt 11: 28.

d) No orientar, At 13: 2 - Quando há oração e consagração em busca da vontade de Deus, o Espírito Santo orienta.

Portanto, as evidências decorrentes dos ensinos bíblicos mostram que o Espírito Santo não é uma força impessoal. Ele é Deus, a terceira pessoa da trindade. Não há vida cristã abundante sem o auxílio do Espírito Santo. Ele torna a fé dinâmica e nos dá compreensão exata da vontade de Deus.

Nomes atribuídos ao Espírito Santo na Bíblia
Espírito, Ef 5: 18 e Mc 1: 10;

Espírito Santo, At 2: 4;

Espírito de vida, Rm 8: 2;

Espírito de graça, Hb 10: 29;

 Espírito de adoção, Rm 8: 15;

Espírito da glória de Deus, I Pe 4: 14;

Espírito de inteligência, Is 11: 2;

Espírito de santidade, Rm 1: 4;

Espírito Santo da promessa, Ef 1: 13;

Espírito de Jesus, At 16: 7;

Espírito de Deus. Gn 1: 2;

Espírito do nosso Deus, I Co 6: 11

Espírito Eterno, Hb 9: 14;

Espírito de vosso Pai, Mt 10: 20;

Consolador, Jo 14: 16 e 15: 26;

Espírito de Verdade, Jo 16; 13;

Espírito de Jesus Cristo, Fp 1: 19;

Espírito do Senhor, Jz 14: 6 e Lc 4: 18;

Espírito de Sabedoria, Is 11: 2;

Bom Espírito, Sl 143: 10.

 

Fonte:
Revista de Estudos Bíblicos Aleluia

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